Quais são as Neoplasias Mieloproliferativas Crônicas?

Por: Humberto Medeiros e Válber Matias

Neste Áudio mostramos como se classifica atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o grupo das Neoplasias Mieloproliferativas Crônicas.

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Veja se você sabe essas simples perguntas sobre as Neoplasias Mieloproliferativas Crônicas. Vamos lá! Participe!

Como diferenciar um Linfócito de um Blasto?

Por: Humberto Medeiros e Válber Matias

Neste vídeo respondemos a pergunta de um colega Biomédico, que também é a dúvida de muitos Analistas Clínicos, que ainda não tem a vivência na prática com Casos de Hematologia Avançada.

MATURAÇÃO EOSINOFÍLICA

Por: Válber Matias e Humberto Medeiros

TEORIA HEMATOLÓGICA DESCOMPLICADA

MATURAÇÃO EOSINOFÍLICA

Os Eosinófilos tem morfologia semelhante a dos neutrófilos, diferindo deles apenas por suas granulações específicas, que são mais grosseiras, de cor alaranjada (eosinófila), que começam a ser diferenciadas a partir dos Mielócitos eosinófilos, dando sequência maturativa como metamielócitos, bastões e segmentados eosinófilos (em sua maioria bilobulados).

Tem importância clínica nos processos reacionais a parasitoses e regulam a resposta imune, mediada principalmente por imunoglobulina IgE, especialmente contra alergênicos.

Aumento de eosinófilos acima de 500/mm³ caracteriza eosinofilia no sangue. As eosinofilias podem ser decorrentes de processos reacionais ou mieloproliferativos crônicos. Processos reacionais justificam apenas eosinófilos maduros no sangue periférico, com ocasionais abastonados. Eosinófilos em fase de mielócitos ou metamielócitos no SP são sinais claros de Neoplasia Mieloproliferativa Crônica.

Nesse caso, como são de importância diagnóstica para NMPC, os eosinófilos imaturos devem ser relatados e escalonados (como bastões, metamielócitos e mielócitos) no hemograma. Porém, no laudo do hemograma, o espaço onde se relata mielócitos, metamielócitos e bastões, se refere a linhagem neutrofílica. Sendo assim, os achados destas fases maturativas na linhagem eosinofílica deve ser relatado nas observações. Assim como também, outras observações microscópicas como vacuolização e hipogranulação nestes leucócitos.

LEUCEMOGÊNESE

Por: Válber Matias e Humberto Medeiros

TEORIA HEMATOLÓGICA DESCOMPLICADA

LEUCEMOGÊNESE

É o processo que origina a transformação das Células Hematológicas Neoplásicas.

Em relação às Neoplasias Hematológicas Agudas, esse processo afeta os precursores celulares na Medula Óssea, onde a capacidade de proliferação aumenta e fica descontrolada pela regulação das citocinas, fazendo com que haja uma perda TOTAL ou PARCIAL da capacidade de amadurecimento, levando a M.O. a ficar totalmente infiltrada por Blastos idênticos (clonais).

No início do processo Leucemogênico, em alguns casos das Leucemias Agudas, OS BLASTOS PODEM NÃO SER OBSERVADOS NO SANGUE PERIFÉRICO, mas, já estando presentes na MO em uma quantidade superior a 20% do total das células nucleadas contadas. Nesses casos, nessas leucemias agudas, quando não são observados Blastos no Sangue Periférico, as NEUTROPENIAS, as ANEMIAS e PLAQUETOPENIAS, são achados importantes  no hemograma, fazendo com que o médico suspeite que a M.O. esteja infiltrada por Blastos, caracterizando uma possível Leucemia Aguda. Salientamos que nem sempre será, pois outras patologias cursam afetando também dessa forma a M.O.

Sabe-se que em mais de 80% dos casos das Leucemias Agudas, onde os Blastos estão presentes na MO, e não são observados ou há poucos Blastos no SP, pode ser em decorrência da leucometria se encontrar em número normal ou diminuído.

Apesar de não haver uma correlação direta entre o grau de Leucocitose e a porcentagem de Blastos no SP, nos casos de Leucemia Aguda com leucocitose, sempre tem Blastos  no SP.

HEMOGRAMA X HEMOGRAMA COM VISÃO HEMATOLÓGICA

Por: Válber Matias e Humberto Medeiros

TEORIA HEMATOLÓGICA DESCOMPLICADA

HEMOGRAMA X HEMOGRAMA COM VISÃO HEMATOLÓGICA

As alterações hematológicas que podem ser observadas em um hemograma, podem ser divididas em dois processos:

  • Benignos
  • Processos Neoplásicos

Os processos benignos reacionais podem ser de origem mielóide ou linfóide, vai depender do agente patológico (viral, bacteriano, parasitário).

As neoplasias hematológicas são divididas segundo a OMS em:

  • Sindromes Mielodisplásicas (SMD)
  • Neoplasias Mieloproliferativas crônicas(NMPC)
  • Neoplasias Mielodisplasicas/ Mieloproliferativas-Neoplasias Linfoproliferativas crônicas
  • Leucemias agudas

Sabemos que doenças clonais vem de um único clone, aquele que sofreu a mutação genética, fazendo com que aconteça a proliferação descontrolada pelo processo mitótico. Esse processo faz com que todo o espaço medular seja substituído, fazendo com que haja a extinção dos clones normais (bloqueio maturativo)

Esses clones Neoplásicos são instáveis geneticamente, podendo sofrer mutações secundárias no  decorrer da neoplasia, principalmente em função do tratamento quimioterápico.

Essas alterações genéticas secundárias, decorrentes da instabilidade genética do clone leucêmico, são caracterizadas por mudanças em seu perfil de proliferação, diferenciação e/ou maturação, decorrentes de novas mutações, o que explica a transformação de uma LMC em uma Leucemia Aguda (podendo ser mielóide ou linfóide), por exemplo.