Prolinfócitos - Apresentação de Caso
OLÁ PESSOAL DO LABORATÓRIO!!!
Na Apresentação deste Caso Clínico, começaremos mostrando primeiro a imagem do laudo parcial de um hemograma emitido pelo Equipamento de Hematologia, disposto logo abaixo:
Paciente do sexo feminino, 67 anos, sem queixas, encaminhada ao nosso serviço devido um exame de rotina com leucocitose e anemia.
Analisando o resultado emitido pelo Aparelho, observamos que o paciente apresenta uma Leucocitose considerável, com predomínio de linfócitos, uma segunda fração para os neutrófilos, e uma terceira para os monócitos, e uma porção importante de basófilos, e ainda relacionada a este série, saiu um “Flag” para Linfócitos Variantes. Apresenta ainda uma anemia discreta, do tipo normocítica e normocrômica e plaquetas normais, em número e morfologia, o que podemos ver observando o gráfico.
Seguindo o raciocínio que nos propôs o resultado do equipamento, esperamos encontrar na lâmina uma linfocitose, provavelmente com Linfócitos variantes, o que nos é sinalizado tanto pelo “flag”, como pela quantidade de monócitos e/ou basófilos, pois esta interpretação pode ter ocorrido pelo tamanho celular ou a intensidade basofílica do citoplasma dessas células.
Em seguida mostramos as imagens da celularidade que encontramos no esfregaço sanguíneo:
Ao observarmos a lâmina nos deparamos com uma linfocitose, de acordo com o que já tínhamos observado no laudo parcial do aparelho, e essas células um pouco maiores, com características linfóides também, cromatina densa, porém menos densa comparando-as com os linfócitos, nucléolo central, bem visível, que morfologicamente falando podemos identificá-las como prolinfócitos.
Nós costumamos encontrar essas células nas Leucemias Linfóides Crônicas, porém numa quantidade bem pequena, até 5% aproximadamente.
Neste caso, o hemograma até se parece com uma LLC, só que numa fase bem inicial, pois temos leucócitos abaixo de 50 mil, com uma linfocitose próxima à metade destes. Nas LLCs encontramos leucometrias mais elevadas, com um predomínio de linfócitos mais acentuado, em torno de 80 a 90%.
E liberamos o nosso hemograma com a seguinte observação:
O hemograma foi liberado desta forma, e foram colhidas amostras de mielograma e também para Imunofenotipagem.
O mielograma também ficou meio indefinido para fechar como uma LLC, apesar da idade da paciente, a leucocitose com predomínio de Linfócitos. Os prolinfócitos também foram vistos na medula.
Abaixo mostramos o resultado da Imunofenotipagem:
O que nos chamou atenção neste Caso, é que mesmo com uma morfologia bem específica, em se tratando de Biologia, as possibilidades são várias.
O que corrobora com a importância de cada detalhe, neste “quebra-cabeça” em torno de um diagnóstico.
E nos mostra o quanto relevante somos, enquanto Laboratório, na contribuição que damos na montagem deste.
A paciente será acompanhada de perto, tratada de acordo com a sintomatologia que venha a apresentar neste período, e monitorada com exames mais frequentes, até que chegue-se a uma Conclusão Diagnóstica Definitiva.
E chegamos ao fim de mais um Caso Clínico, no mínimo diferente, deste Mundo Fantástico da Ciência, que tanto nos encanta, que é a Hematologia.
Um grande abraço, PESSOAL!!!