Por: Válber Matias e Humberto Medeiros
As neoplasias mieloproliferativas frequentemente são acompanhadas de plaquetose, mais notadamente a Trombocitemia Essencial. Essa neoplasia é mais prevalente em idosos e no sexo feminino, tendo como características clínicas a esplenomegalia e o risco de trombose ou hemorragia, resultante da disfunção plaquetária que acompanha o quadro. Cerca de metade dos casos apresenta uma mutação genética adquirida JAK2, o que auxilia no diagnóstico, que até então se fundamentava principalmente na exclusão de outras patologias e quadros reacionais.
O hemograma nessa doença caracteriza-se por uma contagem de plaquetas acentuada, geralmente acima de 1.000.000/mm3, com presença de plaquetas grandes e agranulares, além de intensa anisocitose plaquetária, refletida pelos aumentos de VPM e PDW.
Por vezes, é possível observar núcleo circulantes de megacariócitos. A análise da medula óssea revela número elevado de megacariócitos, em sua maioria de tamanho aumentado, exibindo hiperlobulação nuclear acentuada e citoplasma maduro. O tratamento, quando necessário, é direcionado a prevenção de trombose e hemorragia, e consiste no uso de antiagregantes e agentes citostáticos, como a Hidroxiuréia.